terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Eosinopteryx - Mais um Passo na Evolução das Aves

Na semana passada, paleontólogos encontraram, na China, fóssil de dinossauro com penugem chamado Eosinopteryx. O fóssil descoberto reforça a teoria de origem das aves a partir do grupo Terópoda (nome atribuído aos dinossauros deste grupo por possuírem "pés anormais"), mas revela que a caminhada evolutiva que deu origem aos pássaros foi mais longa do que se pensava.


 
Fóssil de Eosinopteryx encontrado na China


Até descobertas recentes (incluindo a do Eosinopteryx), as evidências levaram pesquisadores a definirem que o Arqueopterix teria sido a espécie chave para o surgimento das aves. Tanto que diversos textos se referem a ele como "primeira ave" por suas características indiscutivelmente semelhantes às aves atuais. Obviamente, isso não reduz a importância que esta espécie fóssil teve para o estudo de evolucionistas e como uma prova da Evolução.


O fóssil encontrado reforça achados anteriores que "empurram" o surgimento do ancestral das aves um pouco mais para trás na história evolutiva. Enquanto os primeiros fósseis registrados de dinossauros exibindo penugens datavam do início do Cretáceo, a recente descoberta mostra que o Eosinopteryx habitou a terra na parte final do médio Jurássico.

Geologicamente, a diferença é muito pequena.



A descoberta do Eosinopteryx mostra que houve dinossauros com penas e estruturas de transição com as aves vivendo ainda no solo, sem capacidade de voo. Segundo os pesquisadores, a pouca envergadura, a reduzida densidade de penugens nos membros e a estrutura óssea que impedia o eficiente bater das asas impossibilitavam o voo do Eosinopteryx. Esta, talvez, seja uma parte alta da pesquisa, pois mostra que o voo foi um processo mais complexo do que anteriormente era pensado.

Além disso, o Eosinopteryx entra para o Hall dos dinossauros de pequeno porte no período Jurássico. Com apenas 30 cm, ele habitava o solo e possivelmente florestas pantanosas e, segundo o pesquisador Dr. Gareth Dyke, da Universidade de Southampton, usavam as asas para ganhar velocidade na hora da corrida.

À esquerda, o Eosinopteryx. À direita o Arqueopterix


Infelizmente não tive acesso a maiores detalhes do estudo por ser de acesso restrito. O trabalho foi publicado na Nature Communication e é preciso pagar para ler o conteúdo.

O trabalho foi publicado pelos pesquisadores:
Pascal Godefroit - Royal Belgian Institute of Natural Sciences
Helena Demuynck - Earth System Science Vrije Universiteit Brussel 
Gareth Dyke - Ocean and Earth Science University of Southampton
Dongyu Hu - Paleontological Institute Shenyang Normal University China
François Escuillié - Eldonia France
Philippe Claeys - Jilin University Geological Museum China.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Luz, Trevas e o Método Científico

... ou: "Quando a Ciência se libertou da religião"

Talvez o melhor filme nacional de divulgação científica produzido pelo Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ e financiado pela Faperj/Capes/CNPq, que conta a história da ciência desde a Antiguidade até a Ciência Moderna.